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Plantas companheiras

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As plantas companheiras funcionam como um tipo de consórcio de culturas[1]. São aquelas que podem conviver sem prejudicar uma a outra, em uma condição de alelopatia positiva[2]. Algumas plantas precisam crescer sozinhas pois são muito invasivas, necessitando de muito espaço para poderem se desenvolver e/ou possuindo muitas ramificações, podendo roubar os nutrientes de outras plantas para seu próprio desenvolvimento. Alguns exemplos de plantas com esses hábitos são: Hortelã, poejo, coentro, salsinha, pimenta.[3]

A alelopatia é um efeito causado por algum tipo de organismo, sendo planta ou animal que possa ou prejudicar ou favorecer outros organismos ou a si mesmo a partir de substâncias químicas geradas pelo ambiente ou pelo próprio organismo[4].

Além do quesito de necessitarem de muito espaço e nutrientes, existem plantas que precisam de alguns nutrientes muito específicos, como exemplo a relação do pepino e do repolho, ou do girassol e a couve. Todos estes que foram citados precisam do micronutriente boro[5] (B) para se desenvolverem saudáveis e completarem seu ciclo[6], por isso caso sejam plantadas em uma mesma área irão competir todas por um mesmo nutriente, assim como se forem plantadas sucessivamente irão empobrecer o solo, comprometendo a qualidade do solo e o deixando deficiente.

São diversas as formas de escolher quais plantas companheiras usar, mas para isso, primeiro é necessário conhecer bem a cultura e seus hábitos, escolher plantas com ciclos diferentes, como a beterraba e o rabanete, respectivamente um com um ciclo de 100 dias e o outro com 30[6], escolher plantas que não competem por luz, com raízes diversas, pivotantes, fasciculadas, rasas, profundas, entre outras, que precisam de diferentes tipos de nutrição, com elementos essenciais diversificados, tornando dinâmico o ambiente sem exaurir o solo[7].

Plantas companheiras na horticultura

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Na literatura, são citados diversos tipos de plantas que podem ser utilizadas em conjunto, como na lista publicada pela Embrapa.

A alface, por exemplo, é companheira da cebolinha, do pepino e do pimentão.

A família das Compostas (família do alface) combina com a das Umbelíferas (Apiaceae - família da cenoura).

As Cucurbitáceas (abóbora, pepino, melão, melancia, chuchu) associam-se bem com as solanáceas (ex.: pimentão).

Referências

  1. e «Princípios básicos da consorciação de culturas. - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  2. «Alelopatia: conceito e exemplos - eCycle». www.ecycle.com.br. 15 de maio de 2018. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  3. Agromania. «Você sabe o que são as plantas companheiras?». Agromania. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  4. Ferreira, Elane Grazielle Borba de Sousa; Matos, Valderez Pontes; Sena, Lúcia Helena de Moura; Sales, Anna Gorett de Figueiredo Almeida (setembro de 2010). «Efeito alelopático do extrato aquoso de sabiá na germinação de sementes de fava». Revista Ciência Agronômica: 463–467. ISSN 0045-6888. doi:10.1590/S1806-66902010000300020. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  5. «O boro na cultura do girassol. - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  6. a b e«Plantas inimigas e plantas companheiras: entenda o que são e a importância de conhecê-las». Blog da Bel Agro. 26 de abril de 2019. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  7. Rizzardi, Mauro Antônio; Fleck, Nilson Gilberto; Vidal, Ribas Antônio; Merotto Jr., Aldo; Agostinetto, Dirceu (agosto de 2001). «Competição por recursos do solo entre ervas daninhas e culturas». Ciência Rural: 707–714. ISSN 0103-8478. doi:10.1590/S0103-84782001000400026. Consultado em 10 de novembro de 2021